e coragem dessa mulher. Mas se começássemos,
com pequenos atos, a diminuir o mal do mundo,
talvez esse se tornasse um lugar melhor para se viver.
"Um menino de quatorze anos matara um garoto inocente
só para fazer bonito entre os membros de sua gangue.
No julgamento, a mãe da vítima ficou em silêncio até o fim,
quando o jovem foi condenado pelo assassinato.
Depois do veredicto, ela levantou, olhou diretamente para ele e disse:
VOU MATÁ-LO.
Então, o jovem foi levado para cumprir a pena de três anos
em uma prisão juvenil. Depois de seis meses, a mãe do garoto
assassinado foi visitar o assassino. Como antes ele vivia nas ruas,
ela foi a única visita que ele teve. Conversaram um pouco e,
antes de ir embora, ela lhe deu algum dinheiro.
Depois disso, ela começou a visitá-lo cada vez com mais
regularidade, levando-lhe comida e alguns presentes.
Quando a pena estava chegando ao fim, ela lhe perguntou
o que ele pretendia fazer quando saísse. Ele não tinha idéia
e ela se ofereceu para lhe arrumar um emprego na empresa
de um amigo. Então perguntou onde ele pretendia morar e,
como ele não tivesse família, ela lhe ofereceu um quarto em sua casa.
Ele morou nesse quarto durante oito meses, comeu a comida
que ela fazia e trabalhou no emprego. Então, numa noite,
ela o chamou à sala para conversar. Ele se sentou à sua frente e,
depois de alguns momentos, ela começou a falar.
Lembra-se de que no tribunal eu disse que ia matá-lo?
É claro que lembro, ele respondeu. Nunca vou me esquecer
daquele momento. E foi o que eu fiz, continuou ela.
Eu não queria que o garoto que matou meu filho continuasse
vivo nesta terra. Queria que ele morresse. Foi por isso que
comecei a visitá-lo e a lhe levar coisas. Foi por isso que eu
consegui o emprego e o trouxe para morar aqui em casa.
Foi assim que eu comecei a modificá-lo.
E aquele outro menino se foi. Então, agora que meu filho se foi
e aquele assassino se foi, quero lhe perguntar se você quer ficar aqui.
“Tenho espaço e gostaria de adotá-lo, se você quiser."
E assim ela se tornou a mãe do assassino do filho,
a mãe que ele nunca tinha tido.
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